Tratamento para a Ansiedade

A ansiedade é caracterizada por uma preocupação intensa, medo e nervosismo. Aspectos da ansiedade são ativados sempre que ocorre uma atenção aumentada e altamente seletiva a risco, ameaça ou perigo pessoal, bem como uma avaliação incorreta de recursos pessoais de enfrentamento, provocando um ciclo de enfrentamentos mal adaptativos na tentativa de minimizar seus impactos.

É importante enfatizar a distinção entre a ansiedade normal e o transtorno de ansiedade. Por exemplo, é comum sentir ansiedade diante de uma situação de avaliação, ou de um encontro com alguém que não conhecemos, onde ela assume um caráter adaptativo e tem a função de nos ajudar a nos preparar para tal, ou em outras situações como uma viagem em que antecipamos a possibilidade de algo não dar certo, nesses casos ela é importante pois nos leva a tomar as precauções para evitar.

No entanto, quando ela se torna frequente e intensa diante até mesmo de coisas pequenas, e a pessoa têm reações desproporcionais, como preocupação e inquietação constantes, ela pode ser um indicativo do transtorno de ansiedade. Quando observa-se que ela está afetando o funcionamento diário na vida pessoal, produtiva e familiar, é um sinal de alerta, e pode levar até mesmo a outras comorbidades como a depressão e ao transtorno de pânico.

Existem diferentes tipos de ansiedade, mas é importante entender que todas seguem um padrão, que é caracterizado por medo e antecipação futura.

A Terapia Cognitivo Comportamental, é uma abordagem, (teoria que embasa a terapia), que possui significativa quantidade de artigos que apresentam evidências empíricas de resultados de eficácia na redução de sintomas e taxas de recorrências de crises. Ela parte do pressuposto de que os indivíduos sentem e se comportam conforme a interpretação que fazem das experiências, deste modo a reação emocional não vêm das situações em si, e sim da forma como é interpretada, sendo assim, os transtornos psicológicos decorrem de interpretações “distorcidas” dos eventos, no caso da ansiedade, existe uma avaliação errônea de perigo e baixa capacidade de enfrentamento. Na terapia busca-se ajudar o paciente a identificar os pensamentos, avaliações e crenças que provocam a ansiedade, bem como o senso errôneo de vulnerabilidade e incapacidade em lidar com as preocupações ansiosas, fortalecendo a capacidade de solução de problemas e aumentando o repertório de recursos de enfrentamento, trazendo mais autoconfiança e senso de autoeficácia.